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05/07/2012 - 03h00
Juca Kfouri: Independência das Américas chega sob a lua de São Jorge
JUCA KFOURI
COLUNISTA DA FOLHA
Sob a lua de São Jorge, ontem, 4 de julho, o dia da independência corintiana na América, fez sete meses da morte do Doutor Sócrates.
E, como no dia em que ele morreu, a Fiel chegou ao paraíso ao ver o time ganhar a única grande taça que faltava em sua sala de troféus.
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Para tanto, foi preciso desbancar o Boca Juniors, papão da Libertadores nos anos 2000 --quatro títulos.
O que só foi possível porque Romarinho, o número 21 no 21º aniversário da eliminação corintiana pelo mesmo Boca, calou a Bombonera.
Aquela eliminação marcou o início da obsessão corintiana por uma taça que os três maiores rivais conquistaram nos anos 60 e nos 90.
Simbolismos à parte, a apoteose aconteceu num cenário digno de Spielberg, um Pacaembu feérico e superlotado. Havia uma força estranha no ar, como a de 13 de outubro de 1977, que não era de maio, mas libertou o Timão de uma maldição.
Nada que ventasse contra seria capaz de dissipar aquela energia, porque estava escrito que seria a noite da vitória. A taça está no Parque São Jorge, o dono da lua. O debutante em finais de Libertadores derrotou o velho frequentador. Ao seu modo.
Jogou o primeiro tempo melhor que o Boca, em 45 minutos tensos, mas pouco emocionantes. Ao contrário do segundo, que logo aos 9min viu Danilo dar de letra para o Sheik das Américas fazer 1 a 0 e transformar o estádio num sanatório geral.
Enlouquecido ainda mais depois que Emerson marcou de novo para encerrar uma etapa e começar outra na vida corintiana, em busca do bicampeonato mundial, agora, contra o Chelsea.
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